Sou Mestre em Direito Processual Civil e Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP). Atualmente, sou doutorando na mesma instituição, com um período de pesquisa sanduíche na Yale Law School, nos Estados Unidos. Minha pesquisa concentra-se em temas como Acesso à Justiça, Pessoas em Vulnerabilidade Social, Litigância Estratégica, Antropologia Jurídica e Pesquisas Empíricas.
Com mais de cinco anos de experiência na docência, já lecionei disciplinas como Teoria Geral do Processo, Processo Civil, Meios Adequados de Resolução de Conflitos, Sociologia e Antropologia Jurídica. Minha abordagem pedagógica é voltada para o ensino dinâmico, com foco em metodologias práticas e inovadoras que conectam teoria e aplicação no contexto jurídico.
Além da atuação acadêmica, há 10 anos integro o Departamento Jurídico XI de Agosto, o Núcleo de Prática Jurídica da FDUSP. Nesse espaço, trabalho diretamente com a promoção do acesso à justiça, especialmente para a população hipossuficiente de São Paulo, utilizando o sistema multiportas para resolver conflitos de maneira eficiente e inclusiva.
Minha pesquisa em Processo Civil se concentra na análise crítica dos procedimentos judiciais e na eficácia das práticas processuais. Foco, sobretudo, em Acesso à Justiça, com ênfase em litigância repetitiva, litígios estratégicos e estruturais, e ações coletivas lato sensu. Por conta disso, faço parte do Grupo de Pesquisa de Acesso à Justiça e Litigância Repetitiva da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Exploro as diversas formas de resolução de conflitos, como mediação, arbitragem e conciliação. Meu interesse de pesquisa reside na eficácia de cada um desses meios e na escolha do método mais adequado para diferentes tipos de conflitos, considerando os contextos sociais e jurídicos em que ocorrem.
A Antropologia Jurídica é uma área em que me dedico a estudar a interseção entre direito e sociedade, com ênfase na antropologia de processos judicias. Minha pesquisa envolve a análise etnográfica de espaços de julgamento. Investigo, ainda, como os aspectos culturais influenciam o acesso de pessoas vulneráveis ao Sistema de Justiça. O meu interesse é reforçado por minha participação no Núcleo de Antropologia de Direito (NADIR) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Minha pesquisa é centrada na interseccionalidade e na forma como diferentes sistemas de opressão, como raça, gênero, classe social e orientação sexual, se entrelaçam, criando experiências singulares de marginalização. Busco entender como essas intersecções afetam o acesso à justiça e a aplicação do direito, especialmente em contextos de discriminação estrutural. Com ênfase em práticas jurídicas inclusivas e sensíveis às especificidades de cada grupo social, analiso tanto teoricamente quanto por meio de estudos de caso como o direito pode ser moldado para abordar essas complexas interações de opressão.
Nesta disciplina, eu exploro com meus alunos as diversas formas de resolução de conflitos, como mediação, arbitragem e conciliação. A metodologia que utilizo é centrada em simulações práticas de cada meio, proporcionando uma experiência vivencial para os alunos poderem escolher a estratégia mais adequada para cada situação. A aprendizagem é baseada em casos reais, facilitando a aplicação direta dos conceitos. No projeto final, os alunos desenvolvem um produto voltado para um público específico, podendo ser uma cartilha, podcast, site ou outro formato, incentivando a aprendizagem baseada em produto.
Em Processo Civil, conduzo a disciplina por meio da simulação de um processo judicial completo, incluindo audiências e a elaboração das principais peças processuais. Utilizo uma metodologia que foca na aprendizagem baseada em casos concretos, permitindo aos alunos uma compreensão prática e aprofundada dos procedimentos legais. Através dessa abordagem, eles vivenciam na prática o andamento de um processo judicial, desenvolvendo habilidades essenciais na área jurídica.
Na disciplina de Antropologia Jurídica, trabalho com meus alunos em uma dinâmica de grupos, onde um grupo atua como observador e outro realiza verbalizações. Essa metodologia permite uma compreensão crítica das interações entre direito e cultura. Um dos momentos mais enriquecedores da disciplina é o projeto de etnografia-relâmpago, no qual levo os alunos a uma sessão de júri, para poderem observar e analisar a dinâmica cultural e social envolvida em um julgamento.
Em Sociologia Jurídica, conduzo a disciplina por meio de seminários temáticos que abordam os principais autores e conceitos da área. A metodologia que utilizo favorece o debate e a reflexão em grupo, incentivando o aprofundamento coletivo dos temas. Também realizo oficinas de redação em grupo, onde os alunos colaboram na produção de textos dissertativo-argumentativos, promovendo o apoio entre pares e o desenvolvimento de habilidades críticas e argumentativas.
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